Eu acredito que a inteligência de um grupo pode ser superior à soma das inteligências dos indivíduos que o compõem.
Será que não posso aplicar o termo "inteligência" no contexto de um grupo? Porquê?
Num grupo existe a capacidade de resolução de problemas e de percepção. E é geralmente superior à de cada um dos elementos. Creio que a maioria das pessoas que tenham o mínimo de experiência de trabalho em equipa poderão concordar comigo.
No post anterior citei um artigo em que se dava um exemplo de como um conjunto suficientemente grande de apostadores conseguia obter melhores resultados que os chamados "especialistas" dessa área.
É preciso não esquecer que a inteligência se manifesta sob as mais variadas formas. A Galileu, Confúcio, Newton, Tchaikowsky, Churchil, Camoes, Gandi, Picasso, Bill Gates, Miguel-Angelo, Bell, Pasteur, D. Dinis, Onasis eu adicionaria Hitler, Bin Laden, Pinochet, Kim Jong-il, Mahmoud Ahmadinejad. Todos eles indivíduos inteligentes? Se calhar custa-nos a admitir a verdade...
E apesar da inteligência de cada indivíduo se manifestar num espectro que vai da excelência em bondade à mais pura crueldade, a Humanidade, como um todo, tem conseguido sobreviver, evoluir e tornar-se a espécie dominante do planeta. Será devido a uma mão cheia de "iluminados"? Ou será que o nosso "grupo", pela extraordinária heterogeneidade é globalmente responsável pelo sucesso da espécie?
Os mais pessimistas dirão "Sucesso? Mas isto está tudo perdido! É o aquecimento global, a fome, as bombas atómicas, o terrorismo!!!"
Sim... sim. Quanto a mim tudo isso faz parte da "inteligência colectiva". E a verdade é que, até não estarmos, estamos cá.
Somos seres eminentemente sociais. A inteligência de um único indivíduo isolado, incomunicável, de nada serve. É cada vez mais difícil um só ter um grande impacto. Dependemos mais e mais uns dos outros para o bem e para o mal. Isso é mau? É porque as pessoas estão a ficar mais estúpidas? Não me parece.
Wednesday, February 21, 2007
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